sexta-feira, setembro 01, 2006
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Game Over Riverside
Para quem achou que a "GOR", estava parada, ai vai uma entrevista feita pelo
site www.reidjou.com no inicio deste ano.
Lá vamos nós (Eu e Taboada) “azuar” em pleno domingo com a paz da banda Game Over Riverside... Adivinha onde? Na cidade baixa, sim! Esta banda literalmente é toda composta da cidade baixa, quer dizer, nasceu na cidade baixa e não é difícil imaginar em qual bairro... Eles são da Ribeira. Coincidência? Será que o nome da banda tem a ver com o lugar onde esses “garotinhos rebeldes” deram as primeiras batidas na batera, ou fizeram os primeiros ruídos graves soarem do contra baixo, ou tentou arriscar uma frase cantada e finalmente tentaram fazer poses de guitarristas, que por sinal, são três guitarras?! Pois é, assim é composta a Game Over Riverside de seis garotos que se uniram para fazer um som que soa rock and roll, indie, pós-punk... Difícil é decifrar! O mais complicado é acertar, porque a banda é composta de pessoas com influências parecidas, ás vezes diferentes; mas que se complementam! E assim classificar acaba limitando o trabalho dessa banda! E nada mais estéril que ser limitado... Imagine para uma banda como a Game Over Riverside ou poderia tomar como exemplo outra banda, que representa um estilo musical que é o rock and roll, se preocupar com rótulos, temas, modinhas etc, obrigando eles a fazerem sempre as mesmas coisas, ou deixar de serem eles mesmos... É realmente impossível e desanimador para uma “verdadeira banda rocker” e isso a Game Over Riverside parece que não pretende deixar de ser!
Para não deixar vocês mais curiosos, vamos à entrevista; mas antes gostaríamos de agradecer pela atenção que a Game Over Riverside nos deu!Valeu! E desejamos que a criatividade permaneça e que vocês continuem com essa amizade sincera que existe entre vocês e ficamos ansiosos com o CD e aguardamos novidades sobre a banda. Ok?
1) Reidjou – Em primeiro lugar gostaria de saber a formação da banda Game Over Riverside? Sérgio(vocal) – Bem, a banda é formada por 6 pessoas: Sérgio - vocal, Ricardo Cidade – baixo, Léo Cima – bateria e por fim três guitarras : Leko, John e André cada um cuida de um arranjo diferente.
2) Reidjou – Conta o motivo da escolha desse nome?
John (guitarra) - O nome veio por causa do fim das nossas antigas bandas, decidimos dar um fim de jogo (game over) nelas e logo depois veio o Riverside (Ribeira) por ser o bairro onde criamos a banda!
Sérgio(vocal) - "Game Over", tem relação com o momento em que duas bandas da cena rocker da cidade baixa acabavam a LVP e a PARAPHRENIA. "Riverside" foi o local onde esta nova etapa começou no nosso bairro a Ribeira, ou melhor, no final de linha da Ribeira.
Ricardo Cidade (baixo) - Léo queria um nome “estrambólico” que contasse a origem do bairro e da banda. Esse nome sugere o fim de linha da Ribeira, nossa origem, bem como o fim da linha para as bandas que tínhamos antes.
3) Reidjou – E de quem foi a idéia de se reunirem para formar a Game Over Riverside?
Sérgio(vocal) – Nós já tínhamos um projeto paralelo entre as duas bandas, então, foi fácil formar a "GOR", reunimos todos que queriam continuar e foi o que ficou uma formação com 6 pessoas, se tivesse ficado 10 tocaríamos todos (brincadeira).
Ricardo Cidade (baixo) - Foi o próprio Léo, uma conseqüência inevitável dos projetos paralelos que estávamos desenvolvendo.
John (guitarra) - Na verdade, não teve aquele que pegou no pé do outro, nossas idéias em relação à música e a continuar a tocar eram muito parecidas. Gostamos das mesmas coisas e acabamos nos identificando com os nossos instrumentos. Fora que acima de tudo isso, já éramos amigos; alguns de nós se conheceram no colégio e outros já eram amigos de infância.
4) Reidjou – Qual a opinião de vocês em relação a atual cena rocker baiana no que diz respeito à infra-estrutura dos shows, divulgação etc? Ricardo Cidade (baixo) - Mais lugares pra tocar e mais publicidade em cima da cena, isso só é possível a partir de empresários ousados que apostem no potencial da cena, investimento. Ah, foi mal! Era pra ser contra o sistema, né? (Risos).
John(guitarra) - Acho que a cena rocker de certa forma criou um certo destaque, apesar de que rock em Salvador é foda pra se destacar, a divulgação é realizada, mas de uns tempos pra cá passei a ter a visão de que não é todo mundo que está preparado pra ver bandas novas. Já tropeçamos em alguns shows por causa de organização, e também por problemas de energia, alguns locais não ajudam outros só empolgam.
Sérgio(vocal) - Melhorou muito nesses últimos 5 anos que vivi perambulando pela cena underground soteropolitana, mais investimentos por parte das bandas, mais espaços para tocar, mais profissionalismo; mas acho que ainda falta mais divulgação!Temos que fazer um pouco mais em relação à divulgação para fazer com que o público que gosta da cena chegue até os shows.
5) Reidjou – Quais as influências da banda?
Sérgio(vocal) – Bem, por um todo posso dizer que a "GOR" foi feita basicamente de pós-punk, indie, stoner e um pouco de hard rock.
John(guitarra) - Eu tô pra ver povo mais influenciado do que a gente, hehehe. Acho que nosso som tem um pouco de Queens of the Stone Age, Sonic Youth, At the Drive-in, Radiohead, Smashing Pumpkins...
Ricardo Cidade (baixo) - Gasolina, buzinas de trânsito, pistolas de brinquedo e etc.
6) Reidjou – Fala um pouco das letras da banda, o que elas costumam retratar? Quem compõe? Ricardo Cidade (baixo) - Eu sou um dos compositores. Na maioria das vezes impressões do nosso cotidiano, mas há temas sobre ser um jovem latino-americano sem dinheiro no bolso e blá, blá, blá. Sério, minhas letras recentes estão centradas no que é ser um jovem sul-americano. Pode parecer pretensioso, mas acho um tema bom para uma banda que canta em inglês e reside aqui.
John(guitarra) - Ultimamente quem compõe as músicas sou eu e Cidade. Nossas letras passeiam entre questões que vivemos durante nosso dia a dia até momentos altamente pessoais. Às vezes, é difícil a gente decifrar o que Cidade quis dizer e até ele tentar decifrar o que eu escrevo. Tudo parte de um momento.
7) Reidjou – Conta algum caso engraçado ou complicado, ou os dois, que já aconteceu com vocês e que tenha a ver com a Game Over Riverside? Ricardo Cidade (baixo) - Em qualquer show nosso acontece alguma coisa em função da nossa performance. Não planejamos nada, até evitamos ser assim um tempo, mas parece que faz parte do som que nos puxa pra isso.
John(guitarra) - Hehhe, esse tipo de coisa a gente acaba atraindo, têm milhares, hehehe...Uma vez, no Pelourinho, estávamos tocando “Feel Good Hit of the Summer” do Queens of the Stone Age, e como a música tem um “coral”, a galera que estava assistindo começou a subir no palco e cantar também...cara, parecia algo do tipo “we are the world” detalhe: o palco era muito pequeno, e acabei tocando em cima do bumbo, quase caí por cima de Leo, imaginem: quase 30 pessoas num palco que só cabiam 5 pessoas (6 apertados). Teve microfone esmagado nesse dia! Foi muito louco, eu nunca tinha visto algo parecido!
8) Reidjou – O que atualmente vocês estão ouvindo?
John(guitarra) - Eu escuto muita coisa em casa, Sonic Youth, Guided By Voices, Yo La Tengo, Pavement, Stereolab, mas em novidades pra mim atualmente eu tenho escutado Arctic Monkeys, Bloc Party e o primeiro e o último trabalho do Mercury Rev. Estou esperando o novo do Sonic Youth chegar.
Sérgio(vocal) - Júpiter Maçã, James Brown, Nick Cave (sempre), At the Drive – in, entre outros.
Ricardo Cidade (baixo) - Eu ando ouvindo Turbonegro, The Gossip, Autolux, Black Rebel Motorcycle Club e o Ziggy Stardust do Bowie.
9) Reidjou – Como vocês se definem “musicalmente”?
John(guitarra) - Somos punks, ahahha! Na verdade eu defino a banda algo Stoner Experimental. Acho que caminhamos pra esse lado!
Ricardo Cidade (baixo) - Ópera rock de baixo orçamento.
10) Reidjou – As bandas de rock and roll da cidade baixa do Salvador são muito respeitadas pelo cenário, na opinião de vocês qual seria o motivo?
Ricardo Cidade (baixo) - A motivação de tocar que faz essas bandas superarem os poucos recursos de que dispõem.
John(guitarra) - Sinceramente eu não sei... As bandas que eu conheço são muito boas, como The Honkers, Brincando de Deus, BR-64, Maria Bacana, é uma questão, lá não tem picuinhas de bandas, sabe, coisas do tipo: “não falo com ele porque ele toca algo que eu não gosto...” a coisa é musical mesmo, acho que o fato de não haver show e eventos na cidade baixa também fez com que muitas bandas surgissem de lá para o circuito do Rio Vermelho...
11) Reidjou – Por falar em bandas brasileiras, vocês estão curtindo alguma banda nova do cenário rocker nacional? John(guitarra) - Sinceramente só as daqui de Salvador mesmo... Gosto da Pullovers e do Cachorro Grande também... Mas não sou tão fã!
Ricardo Cidade (baixo) - Game Over Riverside. Os caras são foda! (risos). Cansei de ser sexy, Pullovers, Honkers, muita coisa legal, verdade, nem tão novas assim, mas vou ser injusto com qualquer lista que eu faça. Enfim, monte sua banda e acredite que é a melhor do mundo!
12) Reidjou – Em relação à cena estrangeira, vocês acham que as bandas nacionais deixam a desejar, seja na questão profissionalismo, musicalmente etc?
Ricardo Cidade (baixo) - Bom, às vezes acho que quem não é profissional somos nós enquanto público. Não damos tempo para as bandas amadurecerem, nem sempre apreciamos o exótico e confundimos o fabricado com o que é bom e comercializável. O underground sempre vai ser tosco em qualquer lugar e o mainstream babaca onde quer que seja. Mas acho que a diferença tá nas cifras movimentadas mesmo.
John(guitarra) - Acho que a qualidade musical não deixa a desejar. (quer dizer fora os equipamentos que os gringos têm neh?) Quanto às bandas estrangeiras eu não tenho uma opinião certeira, mas conheço muitas bandas brasileiras e até mesmo daqui de salvador pecam e feio no profissionalismo.
13) Reidjou – Gostaria de saber o que vocês sentem quando estão tocando e o que a banda Game Over Riverside representa para vocês? Sérgio(vocal) – Bem, acho que a "gor" tenta colocar ao máximo as suas emoções para fora em cima do palco e mostrar o verdadeiro espírito do rock, é tudo que eu construí em relação amizade se isso acabar estou perdido.
John(guitarra) - Pra mim é empolgante e inexplicável em alguns minutos de show, hehehe! Em certos momentos da nossa vida acaba sendo um bom remédio contra o Stress. A banda me proporciona juntar e rever amigos e até mesmo mostrar nosso trabalho para o publico. A resposta disso é algo impressionante.
Ricardo Cidade (baixo) - A euforia de um fanático religioso. Game Over Riverside é um termo sem significado no inglês. Para nós é sinônimo de amizade.
14) Reidjou – Para terminar, vocês têm previsão de quando sai o primeiro CD da banda? E atualmente o que vocês possuem para quem costuma ir aos shows e esteja a fim de ouvir vocês? Deixa o endereço eletrônico.
John(guitarra) - Queremos lançar o CD no 2º Semestre desse ano. Estamos já disponibilizando o nosso site nas próximas semanas, por enquanto, no próprio site do Reidjou já tem músicas nossas. Qualquer info, meu e-mail é joaopso@gmail.com.
Ricardo Cidade (baixo) - Estamos correndo atrás de uma gravação ainda esse ano. O que trava é sempre falta de grana mesmo. Mas temos uma música demo caseira (Little Marchioness) que não temos vergonha na cara de disponibilizar pela Internet. Nosso site ainda está em construção, mas você pode conferir nossa comunidade no orkut, nosso fotolog e um blog desativado (risos).
Por: Ludmila Guimarães
Postado ao som de:
The Clash - London calling
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De volta e em grande estilo!
ResponderExcluirDe volta e em grande estilo! Valeu, Sérgio!
ResponderExcluirCidade
Já não era sem tempo.
ResponderExcluirgostei pacas da volta do blog!!!!!
ResponderExcluirtati
banda de puta
ResponderExcluirassinado:
o macho de todas vocês.
Vida longa ao metal que continue pra sempre na vida de todos ouvintes do bom e velho rock in roll, pra banda mando abraços pra galera, Sergio(Teo), Ricardo e Joao, que a força do heavy metal possua todos voces para que continuem tocar iradamente...
ResponderExcluirEm grande estilo a volta de vocês, essa entrevista foi muito boa!
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