sexta-feira, novembro 26, 2004
Hakim Bay
3:08 AM
| Postado por
Game Over Riverside
Hakim Bay
A história da cibercultura é marcada por uma forte sinergia entre as instituições de pesquisa, as universidades, os militares, as grandes empresas e a cultura popular. No entanto, desta sinergia, a maior parte das grandes revoluções foram feitas pela cultura popular: artistas, designers, escritores, programadores, hackers e demais ciberativistas, foram fundamentais para a consolidação da sociedade da informação. A invenção da micro-informática, que surge como uma espécie de resistência ao poder militar e da IBM nos anos 70; a apropriação social da Internet que, criada por militares, se transformou no grande espaço de efervescência social do final do século XX - e será sem dúvida o grande terreno de transformações do século XXI - comprovam esta hipótese.
E esta cultura popular não pára. Desde o início do ano passado, uma nova Zona Autônoma Temporária (TAZ)[1] está sendo gestada: as comunidades sem fio (wireless communities), conhecidas como movimento Wi-Fi (wireless-fidelity ou wide-fidelity, que rima com Hi-Fi, e utiliza o padrão 802.11b Ethernet sem fio). Mistura de rádio pirata e web, o movimento tem o intuito de liberar largura de banda (bandwidth) ociosa (de usuários e empresas), através de conexões sem fio via ondas de rádio, dando acesso gratuito aos usuários. Esta zonas são chamadas de wireless local area networks (WLAN).
Em meio a debates crescentes sobre exclusão digital, democratização e acesso às novas tecnologias, os ativistas das comunidades sem fio estão construindo soluções simples e criativas. Por exemplo, se você está no Tompkins Square Park em Manhattan, você pode ligar seu laptop (munido de um cartão de rede ethernet sem fio – U$ 100) e navegar na Internet debaixo de uma árvore, gratuitamente. No entanto, pequenos problemas existem, como a frequência utilizada, que é a mesma de micro-ondas e outros equipamentos, sujando o espectro e diminuindo a velocidade da conexão, além de chuva e paredes que dificultam o acesso. Segundo os defensores, esses pequenos bugs serão resolvidos com a maturidade do movimento. O que importa é colocar em pauta a democratização do acesso pelo espírito de compartilhamento que fez da Internet um fenômeno social.
post,J.V
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Hakin Bey como inspiração e não como cartilha, novas tecnologias para se contrapor a tecnocracia, rock de guerrilha na sociedade da informação equivocada! Bom post, didático!
ResponderExcluirCidade